segunda-feira, 6 de agosto de 2012
domingo, 5 de agosto de 2012
Projetos para a despoluição Rio Tietê
O Tietê, com seus 1.150 km de extensão, é o maior rio do estado de São Paulo. Mas, na região metropolitana, é um dos mais poluídos e está completamente morto. O que causou tanto estrago foi a expansão desordenada da cidade e o consequente despejo de esgotos residenciais e industriais diretamente no rio. Para limpar a bacia hidrográfica que corta a cidade paulistana, seria necessário melhorar o sistema de canalização da região. Com esse objetivo, em 1992, foi criado o Projeto Tietê, administrado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Durante a primeira etapa do programa, que se estendeu até 2000, foram construídos três estações de tratamento de água (que se somaram às duas já existentes), além de tubulações para a coleta e o transporte de dejetos. Segundo a Sabesp, com o fim dessa primeira fase de despoluição, o índice de coleta de esgotos na região metropolitana de São Paulo passou de 63% para 80% e o índice de tratamento aumentou de 20% para 62%.
Durante a primeira etapa do programa, que se estendeu até 2000, foram construídos três estações de tratamento de água (que se somaram às duas já existentes), além de tubulações para a coleta e o transporte de dejetos. Segundo a Sabesp, com o fim dessa primeira fase de despoluição, o índice de coleta de esgotos na região metropolitana de São Paulo passou de 63% para 80% e o índice de tratamento aumentou de 20% para 62%.
Entre 2002 e 2009, na segunda etapa do projeto, houve um aumento da rede de coletores (tubos que recolhem o esgoto) e interceptores (tubulações que ficam na margem dos rios e impedem que o lixo seja despejado nele). Hoje, a região metropolitana tem 84% do esgoto coletado e, desses, 70% é tratado. A partir do segundo semestre deste ano, começa a captação de recursos para a terceira fase do plano, prevista para terminar em 2015 e aumentar ainda mais o índice de água tratada em São Paulo.
Não há previsão para que 100% do esgoto produzido na metrópole seja tratado, já que nem mesmo nos países mais desenvolvidos isso acontece. No Reino Unido, por exemplo, o índice está em 92%. Também é um erro comparar o projeto de despoluição do Tietê ao que ocorreu em rios como o Sena (na França) e o Tâmisa (na Inglaterra). "O projeto de limpeza do Sena durou mais de 70 anos. Também tem que se levar em conta que a população da cidade de São Paulo é de 19 milhões de habitantes, contra os 8 milhões de Paris. Além disso, os dois rios são muito diferentes. A vasão do francês é de 50 mil litros por segundo e o do Tietê é de apenas 34", explica Carlos Eduardo Carrela, superintendente de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp. A vazão é o volume de água que corre pelo rio a cada segundo e, quanto maior, mais fácil seu processo de auto-limpeza. Por causa de todos esses fatores, é impossível prever se um dia será possível ver peixes na parte do Tietê que corta a cidade de São Paulo. "O problema é que há muitas ligações clandestinas de esgoto, que não passam pelos coletores e vão direto para o rio ou para as galerias pluviais. É preciso que a população se conscientize do seu papel", afirma Carlos Eduardo Carrela. O superintendente ainda explica que, se o rio parar de receber sujeira, a despoluição acontece naturalmente, por meio do mecanismo de auto-limpeza, que dissolve os poluentes e oxigena a água. Apesar da dificuldade em despoluir a região metropolitana, no interior do estado ela já pode ser percebida. Antes do início do Projeto Tietê, o rio estava morto até na região de Barra Bonita, a cerca de 250 km da capital. Depois do fim da primeira etapa de limpeza, a mancha de poluição recuou 120 km e peixes voltaram a aparecer na barragem da cidade. "Com o fim da segunda fase, esperamos que daqui a um ou dois anos a mancha recue mais 40 km, até a região de Salto, a 100 km da capital", diz Carrela.
Já na segunda maior capital do Brasil, o Rio de Janeiro, a luta é para despoluir a Baía de Guanabara. Desde 1994, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) administra o Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara. O desafio é limpá-la e fazer com que os vários animais que desapareceram voltem a habitar a região. O estuário tem 346 m2 e engloba 15 municípios. Pelo menos 35 rios deságuam nele e, segundo dados do CEDAE, recebe esgoto de 10 milhões de pessoas e de 12 mil indústrias. Ou seja, para que a despoluição aconteça, primeiro é necessário que o lixo deixe de chegar a todos esses rios. Para tanto, foram construídas três estações de tratamento de água e quatro outras foram ampliadas. Também foram feitos coletores e receptores de esgoto e o plano é que essa rede seja aumentada. Porém, a CEDAE não tem dados sobre quais os índices de esgoto coletado e tratado em toda a região que cerca a Baía de Guanabara. "Não é possível ter um dado preciso sobre o grau de eficiência na despoluição, pois há muitos municípios e alguns não estão incluídos no escopo do programa", afirma Robson Coutinho, chefe da Coordenação de Análise de Projetos e Cadastro Técnico do Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara.
Não há previsão para que 100% do esgoto produzido na metrópole seja tratado, já que nem mesmo nos países mais desenvolvidos isso acontece. No Reino Unido, por exemplo, o índice está em 92%. Também é um erro comparar o projeto de despoluição do Tietê ao que ocorreu em rios como o Sena (na França) e o Tâmisa (na Inglaterra). "O projeto de limpeza do Sena durou mais de 70 anos. Também tem que se levar em conta que a população da cidade de São Paulo é de 19 milhões de habitantes, contra os 8 milhões de Paris. Além disso, os dois rios são muito diferentes. A vasão do francês é de 50 mil litros por segundo e o do Tietê é de apenas 34", explica Carlos Eduardo Carrela, superintendente de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp. A vazão é o volume de água que corre pelo rio a cada segundo e, quanto maior, mais fácil seu processo de auto-limpeza. Por causa de todos esses fatores, é impossível prever se um dia será possível ver peixes na parte do Tietê que corta a cidade de São Paulo. "O problema é que há muitas ligações clandestinas de esgoto, que não passam pelos coletores e vão direto para o rio ou para as galerias pluviais. É preciso que a população se conscientize do seu papel", afirma Carlos Eduardo Carrela. O superintendente ainda explica que, se o rio parar de receber sujeira, a despoluição acontece naturalmente, por meio do mecanismo de auto-limpeza, que dissolve os poluentes e oxigena a água. Apesar da dificuldade em despoluir a região metropolitana, no interior do estado ela já pode ser percebida. Antes do início do Projeto Tietê, o rio estava morto até na região de Barra Bonita, a cerca de 250 km da capital. Depois do fim da primeira etapa de limpeza, a mancha de poluição recuou 120 km e peixes voltaram a aparecer na barragem da cidade. "Com o fim da segunda fase, esperamos que daqui a um ou dois anos a mancha recue mais 40 km, até a região de Salto, a 100 km da capital", diz Carrela.
Já na segunda maior capital do Brasil, o Rio de Janeiro, a luta é para despoluir a Baía de Guanabara. Desde 1994, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) administra o Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara. O desafio é limpá-la e fazer com que os vários animais que desapareceram voltem a habitar a região. O estuário tem 346 m2 e engloba 15 municípios. Pelo menos 35 rios deságuam nele e, segundo dados do CEDAE, recebe esgoto de 10 milhões de pessoas e de 12 mil indústrias. Ou seja, para que a despoluição aconteça, primeiro é necessário que o lixo deixe de chegar a todos esses rios. Para tanto, foram construídas três estações de tratamento de água e quatro outras foram ampliadas. Também foram feitos coletores e receptores de esgoto e o plano é que essa rede seja aumentada. Porém, a CEDAE não tem dados sobre quais os índices de esgoto coletado e tratado em toda a região que cerca a Baía de Guanabara. "Não é possível ter um dado preciso sobre o grau de eficiência na despoluição, pois há muitos municípios e alguns não estão incluídos no escopo do programa", afirma Robson Coutinho, chefe da Coordenação de Análise de Projetos e Cadastro Técnico do Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara.
Panico na TV Rio Tietê (Atualmente Panico Na Band)
Panico
retratou de como e a realidade do Rio Tietê usando uma
forma sarcástica mais inteligente mostrando que enquanto
gastam milhões em atracões musicais do exterior deixam
o povo do Brasil passarem por isso ! . .
Rio Tietê Consequências e Projetos .
História e
Poluição do rio Este rio teve uma grande importância na história do país, pois
serviu de rota para os bandeirantes, no
século XVIII. Estes aventureiros, que ampliaram o território brasileiro, usavam
o Tietê para chegar ao interior do estado de São Paulo, atingindo a região
de Mato Grosso.
Durante o percurso, os bandeirantes fundaram diversas cidades.Nas épocas
seguintes, foi muito utilizado para a navegação e até mesmo para a prática de
esportes náuticos, principalmente, na região metropolitana de São Paulo. Foi a
partir da década de 1950 que este quadro mudou. Com o crescimento populacional
e industrial desordenado da cidade de São Paulo, o rio passou a receber o
esgoto doméstico e industrial no trecho da cidade, deixando suas águas poluídas
e contaminadas. A partir da década de 1990, após forte mobilização
popular, o governo do estado de São Paulo deu
início ao projeto Tietê Vivo. Este projeto, ainda em execução, tem apresentado
bons resultados. A poluição da águas do
rio já apresenta diminuição, pois boa parte do esgoto tem recebido tratamento.
Espera-se que, nos próximos anos, o rio recupere as boas condições de suas
águas como nas décadas passadas.Enchentes A marginal do Tietê é uma
importante ligação viária da cidade de São
Paulo, localizando-se à margem do rio. Até o começo do século XXI
eram comuns as enchentes, principalmente na época de verão. Estas enchentes
provocavam transtornos ao trânsito da cidade, além de inundar casas, indústrias
e estabelecimentos comerciais. As águas poluídas e contaminadas provocavam
doenças (leptospirose, tifo, diarreias, entre outras) nas pessoas que entravam
em contato com elas. A partir do ano 2002, o governo do Estado de São
Paulo deu início ao projeto de rebaixamento e urbanização da calha do rio.
Finalizado em 2006, este projeto apresentou resultados positivos, diminuindo
significativamente as enchentes na marginal Tietê.
Rio Tâmisa A recuperação
Dos
tempos do 'Grande Fedor' – como
o Tâmisa ficou conhecido também como rio fedorento em 1858,
quando as sessões do Parlamento foram suspensas por causa do mau cheiro – até
hoje, foram quase 120 anos de investimento na despoluição das águas do rio que
cruza a cidade de Londres. Milhares de milhões de libras mais tarde, remadores,
velejadores e até pescadores voltaram a usar o Tâmisa, que hoje conta com 121
espécies de peixes.
Se a
poluição começou ainda nos anos de 1610,
quando a água do rio deixou de ser considerada potável, a despoluição só foi
começar a partir de meados do século XIX, na época em que o rio conquistou a
infame alcunha com o seu mau cheiro.
A
decisão de construir um sistema de captação de esgotos também deve muito às
epidemias de cólera das décadas
de 1850 e 1860.
A infraestrutura construída então continua até hoje como a espinha dorsal da
rede atual, apesar das várias melhorias ao longo dos anos. Na época, os
engenheiros criaram um sistema que simplesmente captava os dejetos produzidos
na região metropolitana de Londres e os despejava
no Tâmisa alguns quilômetros rio abaixo.
Na
época, a solução funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por
alguns anos. No entanto, com o crescimento da população, a mancha de esgoto foi
subindo o Tâmisa e, por volta de 1950,
o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto. Foi então que as primeiras
estações de tratamento de esgoto da cidade foram construídas.
Reintrodução artificial do Salmão
Em
1979, o salmão – que é reconhecidamente sensível
à poluição, foi reintroduzido
no rio, tendo sido escolhidos espécimes ainda imaturos para que fossem por
instinto até ao mar e de seguida subissem o rio de modo a reproduzirem-se
naturalmente. No entanto, em 2006 e pela primeira vez desde o início desta
experiência, não foi detectado um único salmão, o que leva a crer que o
projecto esteja à beira de falhar.
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